Recursos Ergogênicos

Segundo NAHAS (2000: 127), Recursos Ergogênicos são todos os fatores externos e internos que auxiliam na melhora da performance atlética, durante a realização de uma atividade física (seja de em caráter competitivo ou com finalidade lúdica-diversão).

São Recursos Ergogênicos Internos todos aqueles que modificam a capacidade metabólica do indivíduo. A Alimentação seria o principal recurso ergogênico externo. O consumo moderado de carboidratos antes (por volta de 60 a 120 minutos antes do treinamento) e depois (também, de 60 a 120 minutos), auxilia não apenas a recuperação dos músculos e articulações utilizados durante o exercício, como também forneçam energia ao praticante, melhorando não apenas sua performance atlética, como também a motivação para melhor executá-la, potencializando a atividade física e, conseqüentemente, os resultados obtidos com sua prática.

O uso de esteróides anabolizantes também é considerado Recurso Ergogênico Interno. Apesar do evidente aumento de energia para o treinamento, seus efeitos colaterais são severos, comprometendo decisivamente a saúde de seu usuário. Isto ocorre devido á grande quantidade de hormônios de origem sexual como princípio ativo destes compostos, causando um sensível desequilíbrio no organismo, refletido não apenas com manifestações internas (problemas de processamento nos rins e no fígado são os mais comuns), como externas (crescimentos de mamas e atrofia escrotal em homens crescimento de pelos e agudez de voz em mulheres).

São Recursos Ergogênicos Externos todos aqueles que potencializam a capacidade de treinamento do indivíduo, oriundos do meio externo. Música, Atividade Física em Grupo, Competição com platéia, Premiação, entre outros, são importantes recursos ergogênicos externos que resultam numa melhora da performance atlética. Neste artigo, comentaremos alguns destes recursos ergogênicos externos que podem ser utilizados para incentivar e melhorar a prática de atividade física.

 A música afeta o aspecto psicológico do indivíduo conforme o tipo de som e a preferência musical do ouvinte. Normalmente, sons de intensidade mais ritmada proporcionam um aumento na performance atlética. Sons mais calmos são utilizados para situação de alongamento antes e após a atividade física. A preferência musical do indivíduo também é de suam importância: ao escutarmos um som que temos apreço a melhora de performance física é sensível. Usain Bolt, recordista mundial nos 100 metros rasos, utiliza canções de Reggae para motivar suas intensas sessões de treinamento, que chega a durar até 06 horas. Michael Phelps, detentor de 14 medalhas de ouro olímpico na natação, escuta canções de Rock antes de qualquer competição, para motivá-lo antes de entrar na piscina. A música, além de tornar a atividade física mais prazerosa, potencializa a performance atlética.

A Atividade Física praticada em grupo também constitui um Recurso Ergogênico importante para o melhora na performance física do praticante de atividade física.

Quando realizamos qualquer exercício com pessoas de mesma capacidade física, ou de preferências e gostos pessoais similares, substituímos a sensação de tensão e de estresse proporcionada à nossa musculatura pela prática física, por uma sensação prazerosa de usufruir de uma boa companhia. Além disto, as atividades realizadas num coletivo potencializam sua qualidade, na medida em que todos se esforçam para se manter no ritmo do grupo.

A Atividade Física praticada de forma coletiva incentiva seus praticantes, tanto pela competitividade quanto pela ludicidade.

A competição com platéia resulta numa significativa melhora do desempenho na atividade física, principalmente quando comparada á sua execução em ambiente solitário.

Esta afirmação, de natureza científica, tem sido colocada á prova na preparação de alguns atletas olímpicos americanos em suas principais Universidade: classes de alunos são dispensadas para torcer e prestigiar os atletas em treinamentos físicos. A premiação, tanto de cunho financeiro quanto moral (troféus, medalhas, diplomas, entre outros) motiva os praticantes a qualificar ainda mais sua performance em busca do reconhecimento.

A platéia e a premiação estimulam o competidor á melhorar sua performance atlética Entretanto, devemos nos acautelar no tocante aos últimos Recursos Ergogênicos Externos citados. A prática de atividade física coletiva em grupos heterogêneos pode resultar em lesões (quando for nivelada pelos praticantes de maior performance) ou numa acentuada desmotivação (quando nivelada pelos praticantes de menor intensidade). O ambiente competitivo, quando não permeado pro regras, pode acarretar em brigas e discussões que prejudiquem sensivelmente o aspecto lúdico da prática de atividade física. A busca pela premiação, ou seja, o reconhecimento pode levar o atleta a extrapolar sua capacidade física, redundando em lesões que desmotivem ou afastem o atleta de sua prática.

Devemos utilizar os aspectos positivos dos Recursos Ergogênicos não apenas para melhorar seu desempenho físico, mas também para possibilitar a prática regular de atividade física, saindo da não desejada situação de sedentarismo (menos de 30 minutos de atividade física por semana, segundo a OMS). Para tanto, é importante não apenas a organização de um horário diário e semanal para prática, mas também que ela seja executada com eficácia, de forma prazerosa, evitando desânimos que afastem o praticante. Neste aspecto, o uso dos Recursos Ergogênicos constitui uma importante ferramenta na busca desta manutenção.

Texto adaptado de: efdeportes.com

Referências

COOPER, A. (1987). Avaliação da Qualidade de Vida: um Estudo Longitudinal. Editora Medigraf: São Paulo.

NAHAS, J. (2000). Atividade Física e Qualidade de Vida. EdiUSP: São Paulo.

OMS (2008). Relatório Mundial sobre Qualidade de Vida. Disponível na página http://www.oms.org.

EFDeportes.com, Revista Digital. Año 16  N° 164 | Buenos Aires, Enero de 2012.

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Autor: NINO SEVERIANO

Graduado em Educação Física Bacharelado e Licenciatura Uni-bh; Pós Graduado em Treinamento Desportivo IBE/FACEL; Especialista em Esportes e Atividades Físicas Inclusiva para Pessoas com Deficiência UFJF; Especialista em Mídia na Educação UFSJ, Palestrante de temas relacionado com Atividade Física, Saúde e Qualidade de vida APLICAÇÃO 100; Programa Rumo Metodologia aplicada à Resultados com Movimentos; Consultor e Assessor Esportivo, Ex-Atleta de Futebol, Preparador Físico e Treinador de Futsal e Futebol; Ex-Supervisor Geral das categorias de base do América Futebol Clube-MG; Inovador dos Métodos de Testes, Medidas e Avaliações personalizadas e coletivas, Ex-Coordenador de Educação Física da Rede Municipal de Educação de Vespasiano-MG; Ex-Coordenador de Esportes da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo de Vespasiano-MG; Ex-Coordenador da Escola de Esportes Lagoa Santa/NSED, Ex-Preparador Físico da Equipe de Futebol Profissional do Minas Boca de Sete Lagoas/MG; Comentarista de futebol convidado Rádio CBN/Globo FM 106.1/AM1150 cbn.com.br/; Ex-Secretário de Cultura e Turismo de Santa Luzia, Minas Gerais; Consultor de Marketing digital e Customer Hero; CEO da NSEDaplicação10; Método Rumo.

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